No Brasil a grande maioria dos veículos ainda é equipada com câmbio manual, que exige constante uso da mão direita para realizar a troca das marchas. Em uso urbano, com velocidades mais baixas e troca de marchas mais frequente muitas vezes acabamos deixando a mão direta sobre a alavanca do câmbio.
Com o passar do tempo esse hábito eventual se torna rotina e, quanto nos damos conta, estamos com a mão sobre o câmbio mesmo em estradas. Há divergências sobre eventuais danos ao câmbio em relação a deixar a mão sobre sua alavanca, embora isso provavelmente dependa do quão “pesada” é a mão do motorista: se ele apenas mantém a mão sobre a alavanca, antecipando a próxima troca, ou se ele deixa todo peso do braço sobre a alavanca, fazendo com que a mesma saia de sua posição natural.
Neste último caso é bastante provável que algum desgaste ocorra nas buchas do garfo ou mesmo nas engrenagens de sincronização, ambos com custo expressivo para conserto. No entanto, embora o eventual desgaste de componentes do câmbio seja um motivo bastante forte, a principal razão para não descansar a mão sobre o câmbio é: você sempre deve manter as duas mãos no volante! Isso é questão de segurança, pois reduz o tempo de resposta e garante maior controle do veículo em situações de emergência.